Diz-se do virtual aquele que não tem organicidade,
que não respira, que cibernético – o não material da vida.
Mas, ora, quanto tempo da realidade,
atribulada, produtiva, corrida,
vai e vem em forma de bites?
Quanta discussão existe?, informação que cai
e que toca real como a chuva na cabeça...
Sem lhe ver a cor, o dinheiro chega e se vai;
as declarações de amor e ódio doem a beça,
A cor da boca da amada aqui,
a velocidade dos mísseis acolá...
Deriva do real o virtual, já ouvi,
mas o tempo, visto ao contrário, contraditará .
Ainda não percebemos
que o mundo de verdade, como nas óperas,
acontece, por enquanto, sem querermos,
nas ilusórias fibras
ópticas.
No futuro sim, ai sim,
após biquínis e top
less,
cambiados por chips
outrossim,
deixaremos o cabos e seremos wireless.
O aperto de mão será like,
e na memória haverá kite.
Há de ter valor o insitgth
e terreno será site.