sexta-feira, 12 de abril de 2013

Só importa o que as coisas são de fato



Não importam as regras para pensar no título deste poema,
ou no da vida.
Se a la Fernando Pessoa
ou se síntese, la Drummond ou lá longe disso.
Que importa se ele revelar o final secreto?

O que eu quero é falar demais,
de mais do que isso, que deste verso que fica em cima.
Quero falar das turbulências,
pois decolar me assusta
e pousar seja o que Deus quiser.

Jogar as cartas sem saber do valete, do rei,
de perder-me no tempo que eu criar,
ouvir os sons que o mundo cria,
e que se crie a vida, sem meu título limitante.

Só importa o que as coisas são de fato.
Só importa, de fato, o que as coisas são.
Só importa do que as coisas são: de fato.
Só importa de que fato as coisas são.