sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Não quero dormir

Não quero dormir,
Ouvir os cantos silenciosos da noite
E tremer de medo às sombras vagantes.

Não quero dormir,
Já que o sono me inspira a morte
E a própria morte me inspira o sono.

Na calada da noite calada,
Fala o homem de vitruviano com seu pragmatismo,
Anunciando
Que eu não restarei ao caos da vida moderna.

Portanto, e portando ainda um pouco de vida,
Não quero dormir,
Pois a vida me inspira a morte
E a morte me inspira a vida.