sábado, 10 de dezembro de 2011

Pobres Minas

 Aos amigos Fausto de Castro "Matuto"
e Aluisio Porto "Lula"

Os caminhos de Minas são bicolores,
estradas que vão minério e voltam vazio,
tal qual serra em metamorfose: buraco.

A estrada que sai, sai em sangue.
A que volta trás caminhões subcinerícios....

Das serras, quanto menos tem,
mais buraco fica, mais tatus,
menos verdes e mais pobres Minas.

Pobre de Minas e pobre de minas no futuro.

Pobre dos mineiros, que nada lhes restará
senão sulcos destrutivos e o pó pregado ao pé:
vermelho sangue da liberdade que tarda a chegar.


Os caminhos de Minas são de ferro,
e nossa paciência de aço incorrosível.