É curioso como os sentimentos
repetem-se.
Seque, coração
bobo,
Antes que eu me
perca
E as frases
lindas se encontrem.
Seque, coração
tolo.
Por que ainda
vives,
Sendo que morre o
resto de mim?
Faz-me logo
insensível!
Morra, coração
vivo!
Não vês que só
resta morreres tu?
Não vês que sou
hora extra?
Não percebes que
definho
À falta de crença
ao vago vinho?
Oh, coração
resistente,
Ficas mole num
corpo mumificado!
Oh, coração
doente,
Manténs-te latente
num corpo abandonado!
Ah, maldito
coração!
Ainda resistes
Se teu destino é
blindado?
Ainda choras com
que sentido?
Ah, coração...
Mal sabes quão mau
és tu.
Mal sabes como me
faz morrerem as tranqüilidades,
Insuflando-me
perdidas saudades!
Ah, coração,
Gosto quando te
calas no meu sono!
Gosto quando me
esqueço de ti
E quando me perco
na diversão sem tua voz.
Seque, coração
bobo.
Porque quinze
dias de neve apenas
Não apagam os sois
de tua herança.
Seque, coração
tolo!
Por mil vezes te
beijei,
Mas mil e uma
abandonaste-me perdido.
Por uma vez a ti
entreguei-me,
E noutra
embriagues não me terás cativo!
Chores enquanto
vives, maldito escuso,
Porque logo te
matarei.
Esqueça teu lar
de calor e poesia,
Pois logo te darei
uma faca vadia!
01/08/2007