sábado, 21 de janeiro de 2012

Da fênix


Um poema antigo que me alegrou encontrar.

No traçado duma fênix ao renascer,
Translúcido ramo de flor sobre a montanha,
Causa-se um poema por ti,
Princesa que tanto chamo cruz.

Princesa,
Que tanto chamo mãe do meu caos.
Mulher-menina,
Que tanto me rouba o ar,
Vive a fênix um viver novo
E desesperado da tua íris para mim.

Tanto caos tua íris forma
Para que eu negue minha amargura.
Tanta amargura vai secando em mim
Pois tua flor tem néctar real.

Tanto caos produz tua íris na minha retina,
Que a amargura fica doce por tua boca
E as penas da fênix me aquecem,
Protegendo meus fraquejos de ceticismo

Porque no traçado do vôo da fênix
Cabe o poema e mais meus olhos,
Mas não cabem meu querer e minha agonia.
Meu querer por tua pele
E minha agonia por te esperar sempre.