sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Metades de (des)amor




Porque a metade de mim é amor,
a outra também.
Mas o amor me fez cadáver:
ando sem rumo algum.

Porque metade de mim é amor
e as duas metades se esqueceram
do bem que o amor é capaz.

Como acreditar no amor
e nas minhas metades sempre divididas?
Como acreditar, se eu sei como é o amor,
e como é pior a dor do amor?

Cético,
porque metade de mim é amor,
e a alguém me diz:
 - Cara, não tires os pés do chão!,
 - porque metade de ti é amor
 - e a outra é viúva do amor!