sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Terceiro poema de 5 de julho de 2006




Já não mais restam motivos pra não fazer este poema,
Porque descubro lentamente,
Como as sinfonias que saem árduas e lentas,
Que sei um motivo maior para poetar.

Ela se torna na cruz e na espada uma guerra;
Ela se torna na noite um grito infindável,
Que não sei se de dor ou de glória.
Ela vai se tornando o que ela marcou em mim
Naquele tempo em que minha paixão era de lágrimas.

Já não restam mais desculpas,
Motivos para outros temas na poesia de hoje.
Porque ela reina aqui na superfície
E nos labirintos faz um caos,
Cuja solução sei lá onde termina.
Ela pinta um plantel de sonhos de açúcar,
Produz um filme sem dor física.

Então, só resta o terceiro poema do dia 5 de julho.
E na dura paisagem que compõe a poluição do inverno,
Há um sol só meu,
Que nasce das ventas de Gaia.