(poema feito pelo meu pai fluminense, que me enche de alegria! Grande abraço, Mestre Henrique!)
Hoje, vendo
médicos pra lá e pra cá, escrevo - te,
Pois lembro - me
que num dia,
Navegando pelas
teias da poesia,
Deparei - me com
tua existência.
Através da rede
digital,
Louco mundo
virtual,
Sensibilidades,
muito riso, euforia,
Afinidades,
trocas de vivências,
“Sofrências”.
Destino sacana e
brincalhão!
Até deparar - me
com a real constatação:
Aos poucos, em
cada digitação,
Percepção do que
não foi,
Mas poderia ter
sido.
Sábio
reconhecimento em ti do filho perdido,
Do filho que
tanto desejava ter tido.
Sim, bem sei que
irás me contestar
Que teus
primeiros choros não socorri,
Nem teu primeiro
sorriso eu vi,
Que não me fiz
presente
Em tuas primeiras tentativas de no mundo andar,
Que não estava
por perto
Para das
primeiras porradas da vida
Te proteger,
amparar,
Que não te li um
livro,
Contigo não
joguei futebol,
Nem te contei uma história.
Sei, bem sei que
não te ajudei a escrever, rascunhar
A maior parte de
tua trajetória ...
Mas, cara, podes
crer,
Se o cara lá de
cima
Tivesse me dado
a graça de um filho ter,
Gostaria que ele
fosse igualzinho a você!
27/04/09